Notícia

Ceres foca no aproveitamento hídrico para um campus mais sustentável

15/08/2017


O Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está investindo no aproveitamento hídrico e arborização em uma região do estado que muito sofre com os períodos de seca do ano. A instituição capta a água dos ares-condicionados e utiliza na irrigação de plantas a fim de reduzir o calor e dar mais paisagismo ao ambiente universitário, tanto no campus Caicó quanto em Currais Novos. A iniciativa faz parte de um projeto pensado pela gestão de Sandra Kelly de Araújo, a frente do Ceres, para ter mais sustentabilidade.

Segundo Sandra Kelly, por dia são captados 450 litros de água. Por meio de uma estrutura feita de canos PVC acoplados aos ares-condicionados, a água fica armazenada e posteriormente é reutilizada. A captação acontece nas salas de aulas, setores administrativos e biblioteca durante os três períodos de funcionamento do campus.

A medida, além de destinar a água retirada da umidade do ar pelos aparelhos, aumenta a independência hídrica do campus, junto com um poço artesiano que existe há algum tempo, e diminui os impactos da seca nas épocas mais graves do ano. Em março deste ano, a situação da água no Seridó era preocupante. O açude Itans chegou a ter apenas 1,7% da sua capacidade total. O Marechal Dutra chegou ao nível de 0,7%. Antes, a Caern era a única abastecedora da instituição.

A diretora do Ceres, Sandra Kelly, conta que o campus sofria com a crise hídrica, mas que as iniciativas tem auxiliado nos períodos mais críticos da região.“Com a água dos aparelhos e o poço artesiano, nós diminuímos a dependência da Caern e economizamos. É uma alternativa para a região de Caicó que tem um déficit hídrico muito grande”, conta Sandra Kelly.

A utilização desta água na irrigação das plantações é outro pilar do projeto atual da instituição. A ideia é aumentar a arborização do campi e servir como modelo para a comunidade. “Queremos provar que é possível manter uma cidade arborizada, adaptadas ao clima rigoroso da seca”, destaca a diretora. Ainda de acordo com ela, outras instituições passaram e residências passaram a utilizar medidas semelhantes. Quando não para a irrigação de plantações, a água é utilizada nas descargas dos banheiros, por exemplo. 

Feito de canos PVCs e construídos pela equipe de infraestrutura do Ceres, os depósitos custam barato. Para Sandra Kelly, quando colocado na balança junto com a redução de despesas com a Caern, a instituição tem um saldo positivo. Para aumentar isso, a tendência para os próximos meses é maximizar a captação em Currais Novos e iniciar o projeto de armazenamento das águas da chuva.

Outros projetos de economia

A madeira e a energia também são recursos visto pelo Ceres como possíveis de serem melhores utilizados e, consequentemente, economizados. “Nós aproveitamos madeiras de portas e outras construções para fazer bancos para a instituição. A energia é outro recurso que focamos na economia”, conta Sandra.

 


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